sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Na mosca!

“É preciso dominar os conceitos e não as ferramentas. Elas são um meio para ir a algum lugar. Hoje é o Twitter, amanhã é outra ferramenta. As ferramentas vão e voltam e os conceitos ficam”.
 
Tiago Dória, jornalista e editor de blog sobre cultura, web, tecnologia e mídia hospedado no IG

A melhor do Media On que eu vi.

Sobre médicos e ...

Hoje o MEC (Ministério da Educação) divulgou que suspendeu o vestibular na faculdade Fimca, em Porto Velho. O motivo foi que a Fimca "divide a estrutura de salas de aula, hospital e centro clínico com outras duas instituições, em Porto Velho - entre elas, a Universidade Federal de Rondônia".
Vi a notícia pelo Google Alerta e coloquei no Twitter. De lá, a informação saiu para um site local.

Curiosamente, hoje o médico Hiran Galo enviou à imprensa um artigo sobre erro médico. O artigo tem destinatário, é endereçado e selado. Quem tem boa memória vai descobrir para quem ele escreve.

Mas para fazer um acréscimo ao caso da Fimca, destaco uma parte do artigo: o erro médico é uma questão que começa, continua e se extingue na educação, entendida esta no sentido mais amplo, pois inclui também a instrução do público na percepção do risco, e o desenvolvimento de uma cultura de segurança. Um assunto que deve ser centrado, desde os primeiros dias do curso de graduação do futuro médico.

E quando a educação para exercer a Medicina está capenga, o que podemos esperar?

Por causa de um letra

Hoje estou num dia de escrever tudo errado.

Uma conversa por e-mail:

- Quando abrem as inscrições para a Conferência Estadual de Comunicação?

- As inscrições erão no dia 12.

- Ah, que pena, deixa pra próxima.

- Opss.. Escrevi errado, faltou o S. As inscrições serão no dia 12.

Fiquei pensando, minha interlocutora deve ter pensando que escrevi 'erão' tentando escrever 'eram'. Minha nossa, ela me acha uma analfa.

Deveria ser assim

“Temos uma separação bem clara entre Igreja e Estado, o ‘cara do comercial’ é um cara com quem eu tenho uma boa relação, mas brigo. É melhor por em risco a viabilidade comercial do veículo do que a boa informação” - Pedro Doria, editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado.

Texto completo disponível em Media On.

Só para lembrar


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dinheiro não falta!

Recebo quase toda semana o boletim do Portal Transparência, que informa sobre liberação de recursos para Porto Velho.

O de hoje trazia a informação de mais R$ 145 mil para urbanização do Canal dos Tanques.

Dinheiro não falta: PAC, compensações das hidrelétricas etc. Por que Porto Velho não melhora?


Número Convênio: 558010


Objeto: Objeto: Execução de sistema de macro drenagem em trecho do Canal dos Tanques.

Órgão Superior: MINISTERIO DA INTEGRACAO NACIONAL

Convenente: PREFEITURA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHO

Valor Total: R$1.000.000,00

Data da Última Liberação: 19/10/2009

Valor da Última Liberação: R$145.530,14

Na era digital

Jornalistas & Cia – Você pode citar três características que um jornalista deve ter para vingar na Era Digital?


Joshua Benton – Ser flexível, com capacidade de experimentar coisas novas; ser um bom filtro, para ver o que vale a pena publicar; e ser empreendedor, para pensar em ideias novas e não ser regido pela forma como as coisas sempre foram conduzidas.
 
(Entrevista disponível no Media On)

Redes sociais são imprevisíveis

Hoje recebi uma mensagem no celular que dizia o seguinte: "Teu comentário foi para o telão". O DDD era 11, mas não faço a menor idéia de quem era o remetente. Mas sei ao que se referia. Eu estava assistindo ao Media On 09 pela internet e postei 3 comentários  pelo Twitter sobre a palestra do jornalista americano Joshua Benton.
Com a transmissão ao vivo e recebendo mensagens pelo Twitter, os participantes presentes em São Paulo viam o que se comentava sobre o que estava acontecendo por lá.

Hoje também me surpreendi com um convite do prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, para ingressar na minha rede do Facebook (aliás, ele já está tentando angariar eleitores pelas redes sociais há tempos). Ele também está no Twitter.

E outra coisa que tenho observado é que pessoas que têm mídia própria (programa de TV, colunas em jornais ou sites, por exemplo) nem sempre são populares nas redes sociais, como o Twitter. Embora com toda a propaganda pelos veículos tradicionais, alguns não conseguem ter muitos seguidores no Twitter. Estranho tudo isto. O que acontece?

A conclusão a que chego é que as redes sociais são imprevisíveis, contrariam o que seria o esperado em outras mídias. A "audiência" precisa ser conquistada, não vem tão fácil (e passiva) quanto outros veículos.

Quanto ao Media On, ainda gostaria de saber quem foi que me mandou a mensagem pelo celular.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Horário de verão é meu despertador

Hoje acordei com o celular tocando desesperadamente.

Pulei da cama para atender. Às 7h só pode ser emergência.

Era um repórter da Rádio Justiça querendo uma entrevista com um dos meus 9 assessorados.

Falei o horário local e disse que retornaria quando o horário de expediente começasse por aqui.

Candidatos a candidatos, nenhum candidato

Ontem me perguntaram em quem iria votar no próximo ano. E me deram as seguintes opções: Expedito, Cahulla, Valverde (ou Sobrinho), Acir Gurgacz, Confúcio (ou Sueli Aragão). Fiquei devendo a resposta.

Hoje li duas notícias significativas para reflexão.

A primeira foi "Aumento da população da capital favorece políticos corruptos, diz sociólogo". O sociólogo fala que além de não ter conhecimento dos candidatos, os novos eleitores rondonienses terão outro problema: "os meios de comunicação exercem seu papel, mas como a quantidade de informação é muito grande, a população não consegue transformar todas as notícias em um meio para formar uma opinião sobre determinado político".
Na mosca!

Depois li na coluna do Léo Ladeia que estão querendo colocar um poste (ou edifício, como ele depois corrigiu) para ser candidato a candidato a governador. E o confuso cenário agora tem um poste no meio do caminho.

Continuo devendo a resposta.

domingo, 25 de outubro de 2009

Um bom chefe elogia

Um amiga reclamava que o seu chefe faz bons elogios a ela, em particular, mas em público, trata como se seu trabalho não fosse bom. Em um evento de encerramento de um seminário, chamou todos para o palco para lhes agradecer o empenho na realização da atividade - menos ela.

Fico me perguntando se os chefes atuais esqueceram de uma máxima que aprendi no meu primeiro emprego: elogie em público, repreenda em particular.

É uma questão básica de liderar: se você quer que uma atitude seja repetida, elogie para que o seu funcionário saiba que é aquilo que você deseja que ele faça sempre. Se o funcionário fez algo de forma rápida e eficiente, elogie - de preferência publicamente.

Mas o que parece ocorrer com alguns chefes é que eles acham que demonstram seu "poder" quando repreendem (ou ignoram) publicamente seus funcionários. Isto é um tiro no próprio pé.

Conferência Nacional de Comunicação: as 7 propostas das centrais sindicais

Por Portal Vermelho

Dezenas de jornalistas, assessores de imprensa e sindicalistas participaram na última quarta-feira (21), na sede da UGT, em São Paulo, do Seminário Nacional de Comunicação das Centrais Sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB e NCST). O evento formalizou uma pauta unificada, dos trabalhadores para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que será realizada entre os dias 14 a 17 de dezembro, em Brasília.



Participaram dos debates cerca de 40 sindicalistas, além de entidades ligadas à democratização da mídia. O principal fruto do seminário foi um acordo de ação conjunta. Na Confecom, todas as centrais vão defender uma mesma agenda de lutas, com sete propostas:



1.Fortalecer a rede pública de comunicação;



2.Estabelecer um novo marco regulatório para o setor;



3.Fortalecer as rádios e TVs comunitárias e combater a repressão do Estado a essas mídias;



4.Ampliar e massificar a inclusão digital, com banda larga para todos;



5.Fixar novos critérios para a publicidade oficial;



6.Elaborar novas formas de concessão pública;



7.Exercer controle social.



Antes das exposições, o jornalista Altamiro Borges, o Miro, editor do Vermelho e autor do livro A Ditadura da Mídia, fez uma breve intervenção sobre o panorama atual do mundo das comunicações. Convidado pelas centrais, Miro enalteceu a relevância da Confecom. “Pela primeira vez se debate comunicação no Brasil, e essa é nossa primeira vitória”, declarou. “Basta dizer que a Saúde já realizou 13 conferências, e numa delas nasceu o Sistema Único de Saúde.”



Para Eduardo Navarro, secretário nacional de Comunicação da CTB, é necessário que o movimento sindical construa propostas comuns que efetivamente sirvam para a democratização da comunicação. Navarro também disse desejar que o evento seja reproduzido em todos os estados. “A conferência é um fórum privilegiado para as centrais atuarem em conjunto, levando bandeiras que ampliem os espaços de participação da sociedade nos meios de comunicação”.



Já Sebastião Soares, da NCST, destacou a unidade consolidada entre as centrais nos últimos anos. “O sindicalismo tem marchado unido em questões importantes como salário mínimo, jornada de 40 horas, redução dos juros e fim do fator previdenciário. Essa unidade é imprescindível agora na definição de um tema tão estratégico quanto a comunicação”, afirmou. Segundo ele, “o avanço da democracia exige a democratização da comunicação, que hoje atende apenas os interesses do grande capital”.



Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, fez um histórico das ações do movimento social, argumentando — como Miro — que a própria realização da Confecom já é uma conquista. Por outro lado, a sindicalista condenou a postura dos empresários diante desse debate: “Eles querem fazer uma conferência que atenda apenas a seus interesses empresariais. É covardia a ameaça dos patrões da mídia de não participar da conferência”.

As propostas da CUT para a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)

A Confecom será entre os dias 14 e 17 de dezembro em Brasília.

Em Rondônia, a Conferência Estadual de Comunicação (Conecom) será nos dias 12 e 13 de novembro, no Cetene, em Porto Velho.

A CUT tem apresentado propostas para alterações na regulamentação da comunicação no Brasil. Deixo claro que apenas reproduzo abaixo as informações que recebi. Não sou da CUT.

Veja abaixo as propostas deles:

1. Mudanças nos processos de concessões de rádio e TV


Hoje os critérios para novas concessões privilegiam os aspectos econômicos e o processo de sua renovação é praticamente automático. É preciso definir critérios transparentes e democráticos para concessões e renovações, a fim de garantir diversidade e pluralidade de conteúdo. Também é necessário estabelecer mecanismos de participação da sociedade no processo de outorga e renovação das concessões públicas, que hoje é de 15 anos para as TVs e 10 anos para as rádios.

O fato é que, apesar da Constituição de 88 ter colocado o Congresso Nacional como co-responsável pelas concessões e renovações, isso não está sendo efetivado. Assim, as concessões têm sido aprovadas automaticamente, às vezes pelo próprio proprietário, investido de poder parlamentar responsável pelo julgamento.

2. Regulamentação dos artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal

A Constituição prevê mecanismos de defesa contra programação que atente ao estabelecido no texto constitucional, proíbe a concentração abusiva dos meios de comunicação, garante espaço para a produção regional e independente, e estabelece a complementaridade dos sistemas (público, privado e estatal). Contudo, esses artigos estão há mais de 20 anos sem sair do papel. A Confecom deve definir as bases para essa regulamentação.

3. Fortalecimento do sistema público de comunicação e fomento a rádios e TVs comunitárias

É preciso estabelecer uma política de fomento aos meios públicos e comunitários, com espaço para essas emissoras no espectro analógico e digital, instrumentos de gestão democrática e mecanismos que viabilizem sua sustentabilidade, com a construção de um fundo público para seu financiamento.

4. Estabelecimento de políticas e de mecanismos de controle público de comunicação

Hoje o cidadão não tem como se defender de violações e abusos praticados pela mídia, não tem direito a participar, construir ou definir as políticas públicas de comunicação. Depois da revogação da Lei de Imprensa, perdeu-se até a regulamentação do direito de resposta, garantido pela Constituição. É preciso construir instrumentos que permitam a todos incidirem sobre essas questões.

5. Universalização da banda larga e inclusão digital

O acesso à internet é fundamental para ampliar o direito à informação e à comunicação, o que reforça a necessidade de uma política pública para garantir a universalização da banda larga e da inclusão digital. Embora o número de usuários seja crescente, o acesso residencial ainda depende do "mercado", o que exclui milhares de municípios e faz com que as tarifas brasileiras estejam entre as mais caras do mundo devido à privatização/desregulamentação das teles. Daí a necessidade de transformar a banda larga em serviço prestado em regime público, com o uso do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação). É preciso também garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência.

6. Horário Sindical

A exemplo do que já acontece com os partidos políticos, defendemos um espaço gratuito para as centrais sindicais nos programas de rádio e televisão, que deverá ser proporcional à sua representatividade.

Não-notícias: sementes e Detran

Não aguento mais ver notinhas na imprensa sobre distribuição de sementes de qualquer coisa - seja feijão, seja milho, o que for. Isto não é mais notícia e o pessoal ainda não se tocou disto.

E quando junta com mais uma não-notícia de inauguração de posto do Detran, aí não tem como mesmo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Selecionar e tratar as notícias serão (e são) algumas das competências necessárias para que os jornais impressos sobrevivam

Do início do meu dia, logo ao ligar o computador e ver as primeiras mensagens no twitter, ao final, com a aula de Gestão Estratégica das Marcas (da pós da Uniron), fiquei pensando em como o jornalismo sobreviverá aos novos tempos.

Selecionar e tratar

À noite, o professor Edson falava sobre a sobrevivência dos jornais impressos. A pergunta que não cala: os jornais impressos vão morrer? Ninguém sabe, mas é possível arriscar alguns palpites.
A redefinição de seus conteúdos possivelmente passará por se transformarem em uma espécie de "selecionador" e "tratador" das muitas notícias que estão a toda hora acontecendo. "Um leitor comum quer saber o que há de importante acontecendo, e o que ele precisa saber. Pela limitação de espaço, a seleção de notícias no impresso é maior. Mas este conteúdo não pode ser apenas uma repetição do que já saiu na Internet no dia anterior, é preciso que este conteúdo receba um tratamento que ajude o leitor a entender os assuntos", disse o professor.
Fiquei refletindo... A seleção, pelo que percebo, nem sempre é adequada nos jornais locais. O que explica uma edição de domingo de um jornal impresso trazer na sua página 3 (uma das páginas mais nobres de qualquer jornal) ensinamentos bíblicos e mensagens de pastores evangélicos ou uma gigantesca reportagem (elogiosa) com um político em que o mesmo aparece em todas as cinco fotos da página?
Todos os jornais têm interesses econômicos, claro, não somos ingênuos de pensar o contrário. Mas até que ponto este interesse está acima do interesse do leitor? (É leitor quem justifica a existência do jornal.)
Quanto ao tratamento, este praticamente não há. São notícias de ontem, sem acréscimos ou análises. E se contente com isto, leitor. Parece que o único trabalho é reduzir o tamanho do mesmo texto que já saiu na Internet para que ele caiba no espaço da página.

Há esperança?
No meio da tarde, a jornalista Marcela Ximenes me fez ler uma seção de opinião de um jornal e refletir que o presente (futuro) da reportagem está ameaçada por conceitos equivocados. O que mais me chamou a atenção no artigo que li é a idéia de que "As Fontes" são sempre as oficiais, com as quais é preciso marcar horário e ter tempo para esperá-las. É o jornalismo oficialesco na veia. Neste pensamento, "morador" não é fonte para jornalista. Fonte mesmo é a "Autoridade".
Outro pensamento que me espantou foi que "as notícias vêm até você (jornalista)". Li em algum lugar uma citação do Cláudio Abramo que dizia que notícia é o que incomoda (alguém). Se não incomodar, não é notícia, é publicidade. Se a informação chega (geralmente chega mesmo, por e-mail, vinda de alguma assessoria de imprensa), é porque alguém está interessado em vê-la publicada. Creio que é preciso ir além do que lhe dão de graça (só para lembrar: não existe de graça).
Como dizia aquele seriado de TV: a verdade está lá fora.

O que importa mesmo?
Saindo do impresso e indo para o telejornal, de manhã, o estudante de jornalismo Davi Rocha tuitou o seguinte: "liguei a tv para ver algumas primeiras notícias do dia e em vez disso aprendi a trocar a resistência do chuveiro". Lembrei de imediato uma "reportagem" que vi numa emissora nacional em que uma dona da casa ensinava a lavar tênis. Na ânsia de tentar passar informações úteis para o telespectador, os telejornais se aventuram em áreas que são mais para programas de variedades.

Feriado na segunda ou na sexta?

O dia do servidor público (28 de outubro) cai neste ano na próxima quarta-feira.
Os servidores federais vão antecipar o feriado, comemorando a data no dia 26 (segunda-feira). Assim, os federais terão um feriadão agora.

Já os servidores do governo estadual vão esperar mais alguns dias. Em Rondônia, o governo resolveu mudar o feriado para a sexta-feira (30), atendendo o pedido dos sindicatos dos servidores. Com isto, o trabalho na próxima semana vai ser até quinta-feira e só volta na terça - é que na segunda da outra semana (2 de novembro) é dia de finados.

Na Justiça Federal (incluindo o Ministério Público Federal), decidiu-se por adiar o feriado para o dia 30 também. Na próxima segunda, todos em seus postos. Trabalhar 4 dias e 'feriar' outros 4.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Comunicação empresarial serve para quê mesmo?

Os assessores de comunicação deveriam refletir sobre o papel social que têm e que devem desempenhar diariamente na produção de seus trabalhos. Pensei nisto hoje quando vi uma publicação de uma empresa de Porto Velho. É um boletim digital bem bacana na apresentação - layout. Mas confesso que fiquei bastante preocupada com esta publicação.
Imaginei que seria uma publicação voltada para o público interno, pelos temas tratados e a linguagem mais descontraída. Mas fui informada que era tanto para o público interno quanto para o externo. Não sou nenhuma doutora em comunicação, mas sei que os assuntos e as abordagens são diferentes para os dois públicos.
Que leitor externo à empresa se interessaria em saber que os funcionários desta empresa adotaram cachorrinhos abandonados? Ou saber da lista de aniversariantes do mês? Ou ler sobre o último curso técnico que foi promovido aos funcionários?
Pela leitura do boletim digital, percebi que era exclusivamente para o público interno. E foi justamente nesta leitura que me assustei. O micromundo também é um reflexo do mundão em que vivemos. Ou seja: uma empresa também reflete os conflitos sociais, culturais e econômicos que estão aí, presentes na sociedade. As estruturas hierárquicas são, por si sós, geradoras de conflitos, por serem divididas em castas (alto escalão, gerentes, supervisores, peões...). É assim no mundo, é assim em qualquer instituição, empresa, organização etc.
E o que a comunicação tem a ver com isto? Creio que nosso papel é tentar promover o diálogo e a harmonia social. Falando assim, parece coisa de gente que usa óculos cor-de-rosa. Mas não é. E dou um caso concreto. Se existem, digamos, três níveis hierárquicos dentro de uma empresa, é preciso que os três se respeitem e estejam em harmonia para que a empresa alcance seu objetivo que é (e sempre será) o lucro. Isto não é difícil de entender. A falta de respeito e diálogo pode gerar mais conflitos, desmotivar os profissionais e diminuir a produtividade.
Vi, com espanto, que ao contrário de promover a harmonia, o boletim interno digital da empresa a que estou me referindo tinha uma apologia ao preconceito. Era uma coisa simples - uma charge em que um chefe e um subordinado conversavam, um perguntava se o outro já tinha feito um cartaz e o subordinado dizia que sim. No quadrinho ao lado aparecia um cartaz com todas as palavras escritas erradas. O que quero dizer com tudo isto é que a charge só reforça um conflito social, enfatiza o desnível social e cultural existente entre os que estão na chefia e os que estão na base.
Dizem que não existe piada politicamente correta, mas neste caso, rir da falta de escolarização (da falta do bom português) dos peões que fazem o trabalho braçal da empresa é no mínimo dar um tiro no próprio pé. Quem escreve errado não vai entender a piada. E se entender, vai pensar "os caras estão rindo da gente". Fazer este tipo de comunicação é uma atividade contraproducente para com a própria empresa - é um auto-boicote. Não é este o papel do assessor de comunicação.
Há de se pensar em termos uma Comunicação de fato Social, não só pelo nome do curso de graduação que se faz, mas pela ação que proporcionamos e imprimimos no que fazemos diariamente.

Mascote Rio 2016


domingo, 18 de outubro de 2009

Pra onde vai a educação?

Estava vendo hoje o programa Viva Porto Velho, do dr. Viriato Moura, e passou uma reportagem de homenagem aos professores - referente ao dia 15 de outubro. A apresentadora perguntou a uma professora qual era a parte gratificante da profissão e a ela respondeu: "No meu caso, ensino para alunos do sexto ano, é ver uma redação bem feita. Agora há pouco pedi que eles escrevessem um texto auto-bibliográfico".
"Auto-bibliográfico"???

Você sabe enrolar seu chefe?

Achei interessantíssima a reportagem da revista Época sobre o "enrolador de classe" - aquele sujeito que faz muito pouco no trabalho e mesmo assim consegue a simpatia do chefe, é promovido e sempre está por cima.
Particularmente, no mundo das assessorias de imprensa, este tipo sempre se dá bem. Conheço pelo menos 4 que têm esse talento. A reportagem diz que entre as várias características do "enrolador de classe" estão ser “marqueteiro”, saber delegar tarefas e mostrar-se impaciente e temperamental.
É como cantava o Raul Seixas: a formiga só trabalha porque não sabe cantar. Fiz o teste da Época e descobri que não tenho talento para ser uma "enroladora de classe". Pois é, sou formiga, não sei cantar.

Peça Frei Molambo recebe 5 indicações e dois prêmios no Festival de Teatro da Amazônia

Frei Molambo, espetáculo teatral do Grupo Raízes do Porto recebeu cinco indicações e dois prêmios durante a solenidade de encerramento do 6º Festival de Teatro da Amazônia, no teatro Amazonas, em Manaus.
Durante a solenidade de premiação, “Frei Molambo” recebeu cinco indicações (Melhor Direção, Melhor Figurino, Melhor Iluminação, Melhor Cenário - todos para Suely Rodrigues e Melhor Espetáculo) e os prêmios de Melhor Texto (Lourdes Ramalho) e Melhor Ator – Juraci Júnior.
Ao receber o prêmio, Júnior agradeceu a todos que colaboraram para a realização do espetáculo e atentou para a falta de políticas públicas em Rondônia. “Para mim o prêmio tem uma conotação política também, pois estamos levando o prêmio para Porto Velho, que ele sirva de incentivo, como exemplo para as políticas públicas para a gente que faz teatro em nossa cidade. Agradeço a todos, estou simplesmente apaixonado por tudo que ouvi aqui, como ator, como grupo, como fazedor de teatro. Obrigado”, finalizou.
Vale salientar que o Grupo Raízes do Porto de deslocou até Manaus por conta própria, devido a falta de apoio, ao mesmo tempo em que os grupos amazonenses receberam, para participar do festival, o valor de 15 mil reais.
Fonte: Geovani Berno

sábado, 17 de outubro de 2009

Jornalismo ambiental que é praticado está a serviço de grandes grupos econômicos

Mais um boletim do Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico, que recebi por e-mail. Muito interessante a matéria.

Cobertura Especial direto do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico

Jornalismo ambiental que é praticado está a serviço de grandes grupos econômicos

O “bom” jornalismo científico estaria acessível a apenas a uma pequena parte da sociedade

Alessandra Maia e Wedis Martins (enviados especiais) *

Belo Horizonte – Um dos grandes problemas que a divulgação científica enfrenta no Brasil é a falta de coerência na transmissão das informações. Durante sua palestra intitulada “O discurso da sustentabilidade no Jornalismo brasileiro”, hoje, segundo dia (15/10), do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico, Miriam Santini de Abreu, autora do livro Quando a palavra sustenta a farsa: o discurso jornalístico do desenvolvimento sustentável, afirmou que “o jornalismo científico nacional precisa se desalojar, ou seja, deixar de ficar preso a simples questões teóricas”.

Segundo a autora, o jornalista tem que fornecer para a sociedade informações relevantes para que esta se sinta estimulada a mudar o que acontece de ‘errado’. “O jornalismo científico está na montanha, ou seja, preso a discursos globais, de que a ciência é a salvação para tudo. Ele precisa ver realmente o que está acontecendo do ponto de vista local. Entender que muitas vezes aquela ciência que se divulga não está acessível à maioria das pessoas”, explicou Miriam.

Esse jornalismo que abrange tanto o global quanto o local está acessível, segundo ela, apenas a uma pequena parcela da população que tem condições de arcar com assinaturas e compra de publicações de qualidade; desta forma, deixando de lado os que realmente não sabem e precisariam, segundo ela, entender o que de fato é ciência. “As mudanças só acontecerão quando a grande massa compreender o que se passa em seu país. No entanto, esta se informa predominantemente através da grande mídia, que oferece um cardápio pobre em conhecimento científico”, afirmou.

Já Carlos Tautz, jornalista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), afirmou que o modelo de desenvolvimento capitalista mais agride o meio ambiente do que agrega valor à sociedade. Conferencista também de hoje, no evento, ele disse que “no caso brasileiro, esta agressão é bastante acentuada”. Para o jornalista, “o modelo de desenvolvimento brasileiro é baseado na extração intensiva da natureza, que só tende a crescer nos próximos anos”.

Segundo Carlos, o jornalismo ambiental que se pratica no país não deveria ser assim denominado, por estar intensamente vinculado aos interesses dos grupos de comunicação. “As ambições das grandes empresas prejudicam uma análise mais aprofundada dos temas científicos”, indicou.

Para Tautz, a imprensa foca a sua cobertura científica unicamente pelo viés do modelo de desenvolvimento do país. Um exemplo é a atual cobertura jornalística da construção das usinas hidrelétricas no Rio Madeira. “Neste caso a mídia privilegia apenas o lado econômico da questão, sem abrir espaço para a abordagem ambiental. Perguntas como: de que forma a criação de uma hidrelétrica afeta a vida da população do seu entorno, estão sendo deixadas de lado”, argumentou.

Quando se trata das fontes, Carlos explicou a importância de o jornalista não se ater apenas às oficiais. Para ele, ouvir as pessoas que sofrem os impactos das ações, os ambientalistas, grupos minoritários, entre outros, também é importante. “A verdade científica nunca foi absoluta. E será menos ainda agora com a questão climática entrando em pauta”, disse.

* Estão em Belo Horizonte onde também participam dos trabalhos científicos, apresentando pôster sobre a Agência Uerj de Notícias Científicas (AGENC) em nome da Faculdade de Comunicação Social da Uerj.

Email: uerj.agenc@gmail.com
Twitter: www.twitter.com/agencuerj

Há resfriamento global e não aquecimento, diz pesquisador

Recebi por e-mail o boletim abaixo com 3 assuntos que considerei bem interessantes. Recomendo a leitura.

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Boletim Especial direto do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico

Há resfriamento global e não aquecimento, diz pesquisador

Boletim do último dia do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico aponta também que debatedores consideram pouca a cobertura jornalística sobre ecólogos e equivocada com relação a políticas públicas em ciência e tecnologia.

Alessandra Maia e Wedis Martins (enviados especiais)*

Imprensa cobre pouco os ecólogos, dizem debatedores

Os ecólogos também foram representados no 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico. Hoje, último dia do evento (16/10), o presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco), Thomas Lewinsohn, discutiu o que considera como falta de reconhecimento deste profissional no campo científico e, conseqüentemente, por parte da imprensa.

Segundo ele, “os jornalistas desqualificam os ecologistas deixando-os de fora das grandes discussões por estarem presos ao estereótipo do cientista”. Neste sentido, a presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico, Cilene Victor, concordou com o fato, ao dizer que nunca ouviu a palavra dos ecólogos na discussão sobre o aquecimento global “por conta de seu baixo prestígio na imprensa”. Em contrapartida, ela considera que biólogos e físicos, por exemplo, são mais cotados. “Eles fazem comentários do tipo: se nada for feito a Amazônia ela pode virar uma savana”, disse.

Segundo Thomas, “os ecólogos são, sim, cientistas, só falta se organizarem mais como sociedade científica e a Abeco (http://www.abecol.org.br/) vem desenvolvendo esta missão”. E acrescentou: “os ecólogos têm que ser parceiros com as organizações de defesa do meio ambiente”.

Professor diz que eliminar emissão de CO2 irá atrapalhar o desenvolvimento humano

De acordo com os debatedores do Congresso, o discurso hegemônico da imprensa agenda que o aquecimento global é causado apenas pelas ações do homem. Contrariando esta tese, Luiz Carlos Molion, professor de dinâmica de clima, da Universidade Federal de Alagoas (UFA), explicou que o homem não influencia o aquecimento e, sim, o sol e da lua, sendo que esta influencia na dinâmica das marés. E que, “ao invés de um aquecimento, vive-se um resfriamento global”. No entanto, a preservação ambiental é uma necessidade para a sobrevivência da espécie humana”, frisou.

Segundo Molion, os modelos apresentados atualmente em relatórios de entidades como o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) não servem para nada. “Eles foram criados para prever o futuro, no entanto, quando estes modelos foram utilizados para recriar o clima do passado, houve divergências com relação ao que realmente ocorreu”, afirmou.

Para o professor, qualquer tentativa de se eliminar a emissão de CO2 só irá atrapalhar o desenvolvimento humano e não contribuir para diminuir os impactos ambientais. “Eventos extremos sempre aconteceram e continuarão a acontecer, só que com conseqüências maiores, por conta do aumento populacional”, afirmou.
Pouca visibilidade das políticas públicas

Segundo José Roberto Ferreira, representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a cobertura das políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação é feita de forma negligente pela imprensa. “Existe uma massa crítica que a imprensa não reproduz corretamente e isso é uma contradição, já que o país vive um avanço nesta área. De qualquer forma, há questões a serem melhoradas nestas políticas”, reconheceu.

José Roberto acrescentou que “a ciência tem papel fundamental para que a sustentabilidade seja exercida de fato”. Por isso, para o cientista, se ela tem muito a ver com a economia de um país e com a sustentabilidade global, o investimento em políticas públicas e a divulgação coerente da imprensa são importantes. “E esta não está sendo cumprida”, disse.

Segundo Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e da Tecnologia (DEPDI), do Ministério da Ciência e da Tecnologia, a educação e a inovação são os dois principais itens para o desenvolvimento de políticas públicas no país. “Em uma sociedade democrática, a população tem que ter pleno acesso à divulgação científica para que, nas discussões, ela possa dar a sua opinião, tendo bases sólidas sobre os assuntos”, encerrou Ildeu.

* Estão em Belo Horizonte onde também participam dos trabalhos científicos, apresentando pôster sobre a Agência Uerj de Notícias Científicas (AGENC) em nome da Faculdade de Comunicação Social da Uerj.

Email: uerj.agenc@gmail.com
Twitter: www.twitter.com/agencuerj

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Carta de Goiânia defende diploma e cobra democratização da comunicação

Carta de Goiânia
Os jornalistas brasileiros reunidos no 17º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação – ENJAC, realizado de 1º a 4 de outubro de 2009, em Goiânia/GO, reafirmam como eixos centrais de luta as ações para a retomada da exigência de formação superior específica para o exercício da profissão de jornalista e a defesa permanente da democratização da comunicação, luta esta que terá como palco este ano a I Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM) e suas edições regionais.
Os tempos atuais são de ataques às regulamentações profissionais, orquestrados pelo neoliberalismo do patronato oligárquico de mídia. A revogação da Lei de Imprensa e da exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão são os exemplos mais recentes. A posição do STF atende apenas a interesses patronais, com prejuízos imensuráveis para a sociedade brasileira. A luta dos jornalistas continuará a ser travada no Congresso Nacional e nas ruas, pois o que está em jogo é a defesa da profissão, da dignidade e da qualidade da informação.
Os jornalistas também destacam a I CONFECOM, conquista dos movimentos sociais, como um espaço privilegiado para o debate dos temas de interesse da categoria e de toda a sociedade brasileira, como a democratização da comunicação, por meio da criação de um novo marco regulatório.
Outra luta importante é pela liberdade de expressão. E por isso urge a aprovação de nova Lei de Imprensa democrática, que possa assegurar aos profissionais e à sociedade a liberdade de manifestação, dentro dos limites ético-profissionais.
No ano em que comemoramos um quarto de século desde a primeira edição do encontro dos jornalistas assessores, realizado em 1984, no Distrito Federal, os jornalistas que atuam em assessoria de comunicação também reafirmam o compromisso com a busca permanente da organização do segmento; o combate aos preconceitos de toda a ordem; a defesa intransigente de posturas éticas; a integração dos jornalistas em todas as unidades da Federação, promovendo o intercâmbio lastreado no respeito à cidadania e às várias realidades regionais.
Entendemos como fundamental também a aproximação com profissões afins para estabelecer parcerias no exercício profissional, legitimando, no conjunto de características da assessoria de comunicação, as atividades típicas do jornalismo como prerrogativas do jornalista, sempre balizado no respeito às profissões com interface na comunicação.
Os desafios dos jornalistas- assessores passam, ainda, pela conquista de condições dignas de trabalho, pela valorização do segmento, contra a precarização do trabalho e o assédio moral, realidade vivida por toda a categoria, seja nas assessorias ou nas redações, através das mais variadas formas de desrespeito à lei e às normas coletivas de trabalho.
O cumprimento desses compromissos deve seguir, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade de propósito, a corajosa luta pela criação do Conselho Federal dos Jornalistas, bem como a inclusão da assessoria de imprensa na regulamentação da profissão e envolvimento total na defesa dos princípios democráticos, da liberdade de expressão e reafirmação do jornalista como protagonista nos momentos de grandes decisões nacionais.
O momento de crise, de ataque à profissão e à liberdade de expressão nos remete à profunda reflexão sobre a razão de ser do profissional jornalista em todas as suas vertentes e, em especial, na sua qualificação acadêmica. Nessa direção, os cursos de jornalismo devem enriquecer sua grade curricular, incluindo, dentre outras, disciplinas de assessoria de imprensa/comunicaçã o, de modo a melhor preparar os futuros profissionais.
Com todas essas considerações, os temas e teses discutidos nas plenárias reforçam o compromisso dos jornalistas em dar continuidade às nossas lutas específicas e ampliar nossa atuação em defesa dos interesses da classe trabalhadora, certos de que a solidariedade de classe é o caminho para a conquista de novos tempos para os trabalhadores.
Goiânia, 03 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

18 senadores usam mais de 50% da verba indenizatória com consultorias e divulgação do mandato

Dezoito dos 81 senadores gastaram, desde o início do ano, mais da metade de sua verba indenizatória com despesas relativas à divulgação de seus mandatos e/ou à contratação de consultorias. Quatro senadores usaram toda a verba para esses fins: José Sarney, Tasso Jereissati, Gim Argello e Roberto Cavalcanti. O levantamento foi feito a partir de dados do projeto Excelências da Transparência Brasil (www.excelencias.org.br), disponibilizados em tabelas abaixo. Dos dezoito senadores, onze encerram os mandatos no início de 2011 por isso devem disputar as eleições de 2010.
A verba indenizatória é uma espécie de ajuda de custo no montante de R$ 15 mi mensais que o senador pode utilizar, a título de ressarcimento, alegadamente para despesas ligadas à atividade parlamentar.
Desde abril é publicado no sítio de Internet do Senado o beneficiário das notas fiscais apresentadas para justificar o reembolso aos senadores, mas não há informação sobre o tipo de serviço prestado. Sabe-se, porém, que frequentemente tais despesas servem para propaganda pessoal do parlamentar por meio de boletins e informativos que não trazem informações objetivas sobre a atuação do parlamentar.
Despesas com “divulgação de mandato” configuram-se em uso indevido da verba indenizatória uma vez que o Senado já dispõe de canais de comunicação com o público, como a TV Senado, a Rádio Senado, o Jornal do Senado, a Agência Senado e o sítio www.senado.gov.br, em que cada parlamentar tem uma página com seu perfil e espaço para hospedagem de sítio pessoal.

Senadores que utilizaram mais de 50% da verba indenizatória em Consultorias/Divulgação em 2009




Os partidos que mais se utilizaram da verba indenizatória para contratar consultores ou divulgar mandatos foram PTB, PSB e PRB — metade de suas bancadas aparece na lista dos dezoito senadores com mais gastos proporcionais nesses itens.



No recorte por unidade da federação, os líderes são Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Paraíba e Tocantins: dois de seus três senadores aparecem na relação dos dezoito que mais apresentam despesas com consultoria e divulgação do mandato, em termos proporcionais.


Fonte: Transparência Brasil - http://www.transparencia.org.br/

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vamos orar!

Salmo da Comunicação

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã a IMPRENSA, pão para a inteligência e luz para a alma. Ilumina com tua luz, Senhor, os redatores e editores; que saibam edificar um mundo novo na verdade e no amor.

Louvado sejas, Senhor, pelos jornalistas e repórteres, pelas agências de notícias, pelos desenhistas da comunicação social, pelos pintores das peças publicitárias.
Glória a Ti, Senhor, pelos nossos irmãos, o CINEMA e o VÍDEO. Que eles sejam guias de bons caminhos, mestres da justiça, amigos da verdade.

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã, a RÁDIO, que corre como o vento e torna tão pequena a Terra.

Louvado sejas, Senhor, por nossa irmã, a TELEVISÃO, cátedra que se coloca no espaço da casa.Jamais seja mestra que deforma a consciência, ou dê lições de ódio e imoralidade.

Louvado sejas, Senhor, pelo CD-ROM, o DVD, compêndios e sínteses do conhecimento e da ciência.

Louvado sejas, Senhor, pela INTERNET, que aproxima as pessoas, possibilitando-lhes comunicar-se instantaneamente no mundo inteiro.

Louvado sejas, Senhor, por nossos irmãos, os SATÉLITES, a FIBRA ÓTICA, a INFORMÁTICA, que encurtam distâncias e criam solidariedade entre as pessoas.

Glória a Ti, Senhor, pela comunicação humana e social.

Amém!

Fonte: CNBB

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"O sindicato de jornalistas de Rondônia está se tornando igual ao do Maranhão", diz Sergio Murillo

O Sindicato dos Jornalistas do Maranhão vive às voltas com uma questão polêmica. Lá, os atuais diretores estão escolhendo quem pode ou não se filiar ao sindicato. No ano passado, foi feito um abaixo assinado com cerca de 150 assinaturas, denunciando à Fenaj o cerceamento à liberdade sindical. O processo foi votado na reunião do Conselho de Representanes da Fenaj, realizado no último domingo em Goiânia, por ocasião do 17° Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação.
Foi deliberado que o Sindicato dos Jornalistas do Maranhão tem até março do próximo ano para receber novas filiações, inclusive de assessores de imprensa e professores de jornalismo; terá que convocar novas eleições; terá que fazer a revisão do estatuto.
O que tem isto a ver com Rondônia? Foi citado o caso do Sinjor pelo presidente da Fenaj, Sergio Murillo. "Rondônia está se transformando num pequeno Maranhão", disse ele. O caso é que as ilegalidades cometidas nas últimas eleições foram tamanhas que há um grande risco de que coisas que atentam contra a liberdade sindical e a boa condução do sindicato se instalem por aqui. O Sinjor já é visto pela Fenaj como um sindicato sem credibilidade.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sinjor não tem delegados no Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (Enjac)

Hoje começou em Goiânia o Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (Enjac). Rondônia talvez seja o único sindicato de jornalistas sem delegação no Enjac.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, disse em conversa reservada que pediu várias vezes a documentação da conturbada eleição do Sinjor, mas que até o momento nada recebeu. O tema Sinjor será um dos pontos da pauta da reunião do Conselho de Representantes que vai ocorrer no domingo. Mas ele já adiantou - a Fenaj pouco pode fazer sobre o assunto porque não tem poderes para intervir nos sindicatos nos estados. O caso (suspeita de fraude nas eleições sindicais) foi denunciado no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Rondônia por alguns de seus filiados.

Sem ministro

O Enjac começou de modo controverso. O ministro Franklin Martins não compareceu. O presidente do sindicato de jornalistas de Goiás, Luiz Spada, disse que em uma reunião realizada há algum tempo Franklin foi convidado e aceitou participar do Enjac, mas na hora de confirmar passagens e hospedagem simplesmente falou que nunca tinha confirmado presença, nem se recordava de ter sido convidado... "Lamentável", disse Spada.
Aí coube ao Celso Schröder fazer o ingrato papel de substituir o Franklin Martins e falar sobre a Conferência de Comunicação que será realizada no fim deste ano.
Os temas centrais de todas as falas na abertura do Enjac foram regulamentação da profissão (as PECs) e a Conferência de Comunicação. Também se falou, de passagem, no fim da lei de imprensa e no conselho federal de jornalismo - bem de leve.

Diferentes

As realidades dos sindicatos são muito diferentes. A presidente do Sindicato de Alagoas, Valdeci Gomes, informou que o piso salarial dos jornalistas alagoanos atualmente de lá é R$ 1.945,47 e que o reajuste deste ano está no TRT para dissídio e deve repor a inflação e ficar em R$ 2 mil. Em Rondônia, o piso é R$ 1.023 há mais de 4 anos, sem perspectivas de se iniciar uma negociação salarial. A data-base foi em março.