segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O perigo da história única

A dica veio do twitter do Victor Barone e quando vi este vídeo comecei a pensar em quantas "histórias únicas" temos pela vida.

Uma reflexão e tanta!

"Poder é a capacidade de não só contar a história de outra pessoa, mas de fazê-la a história definitiva dessa pessoa. A 'história única' cria estereótipos. E o problema dos estereótipos não é eles serem mentira, é serem incompletos. Eles fazem uma história se tornar a única história."

"Quando rejeitamos a 'história única', quando nos apercebemos que não há uma 'história única' sobre nenhum lugar, reconquistamos uma espécie de paraíso." 

Chimamanda Adichie: O perigo da história única

Fina Flor do Samba

Na última sexta-feira fui ver a Fina Flor do Samba no Mercado Cultural.
Além da diversão, revi meu primo Beto, que toca pandeiro.
A família é grande e talentosa!

Outros carnavais de Porto Velho

Meus pais rememoravam hoje os carnavais passados em Porto Velho. Eles começaram a namorar num carnaval e vão fazer 40 anos de casados em junho de 2010. "Quem disse que paquera de carnaval não vai pra frente?!", disse meu pai, rindo.
Eles falavam hoje que logo no início os blocos desfilavam na avenida Presidente Dutra, depois passaram a desfilar na avenida Carlos Gomes. Nestas ruas também ocorriam os desfiles de 7 de Setembro. Lembro que desfilei na Carlos Gomes algumas vezes pela escola Antônio Ferreira da Silva, onde cursei da 1ª a 4ª séries do primário (atual ensino fundamental).
Depois os desfiles carnavalescos e de 7 de Setembro passaram a ser na avenida Farqhar. A nossa família sempre ia ver as escolas Pobres do Caiari (preferida da minha mãe) e Diplomatas do Samba (onde meu primo Nonato desfilava todos os anos), além do Triângulo Não Morreu e Unidos da Castanheira (eles ensaiavam perto da famosa castanheira da rua Rui Barbosa, aquela atrás da Farqhar).
Por coincidência hoje li o artigo do Anísio Gorayeb, no site Gente de Opinião. Ele faz um recorte histórico muito legal e menciona vários dos fatos comentados na casa dos meus pais: Bloco da Cobra, o carnavalesco Valdemar Cachorro, clube Danúbio e outras coisas. Vale a leitura!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Estado campeão em suspensão de direitos políticos

Saiu em pouquíssimos lugares a importantíssima notícia de que percentualmente Rondônia foi o estado campeão na suspensão de direitos políticos de eleitores.
Apenas a TV Rondônia fez reportagem sobre o assunto.
A notícia só apareceu em dois sites locais. Em jornais, confesso que não vi.
Se ter mais de 17 mil eleitores com direitos eleitorais suspensos não é uma informação importante, eu não sei mais o que é notícia

Operação Dominó serviu para alguma coisa

Não deram muita bola por aqui, mas eu achei várias matérias na imprensa nacional falando do precedente jurídico de Rondônia que mudou os rumos do mensalão no Distrito Federal.
O Jornal do Brasil publicou matéria com o título Caso de corrupção em Rondônia abriu precedente no STJ.
Vale a leitura.

Contradição

Em Mariana, o pelorinho ficava em frente a duas igrejas (e ainda está lá pra quem quiser ver).
Haja contradição!

Casa de Guiramães Rosa

Em Minas Gerais, conheci Cordisburgo (nome dado por padres alemães que significa Cidade do Coração), terra de Guimarães Rosa.
 
Na rua por onde passavam os vaqueiros

 
Lembrou as imagens da minha avó materna

 
Tec tec

 
Coleção de gravatas borboletas. Ele não sabia dar nó em gravata, por isto só usava as borboletas.

 
Quarto

 
Cozinha

Fiquei estremamente emocionada com as narradoras da obra do Guimarães Rosa. No fundo da casa, perto de um velho carro de boi, elas contam trechos de Grandes Sertões.
"Amizade dada é amor" - um dos trechos.

Beber, só depois das seis

Paisagens lindas - Praia do Cumbuco e orla de Fortaleza


 
  
 

Mulher rendeira

Fiquei encantada em ver o entrelaçar das linhas nas mãos desta senhora.

Ilusão de ótica

Na passarela do complexo Dragão do Mar, uma linda ilusão de ótica (a parede ao fundo é pintada e dá a impressão que a passarela não vai acabar nunca).

Criando a dengue no quintal

Ainda falando da campanha Guerra contra a Dengue, fiquei impressionada em como as pessoas não cuidam das próprias casas e da própria saúde.
Uma piscina inacabada no quintal fez todos de uma casa no bairro Lagoinha pegarem dengue. A justificativa para não terem tapado a piscina é que estavam morando lá há pouco tempo,(!!!), embora o tempo tenha sido suficiente para todos da família pegarem a doença.
Na mesma rua, havia uma casa com um poço inacabado e outra residência com um buraco que seria para uma fossa. Convenhamos: fazer fossa em época de chuva é uma idéia de jerico.
Pior que colocar a própria saúde em risco é colocar a dos outros. Um ferro-velho no bairro Agenor de Carvalho estava assim - criadouro do mosquito em todos os cantos. Eram mais de cem carros e vários pneus servindo de abrigo para o mosquito ganhar asas.
 
Ferro-velho

 
Coleta de larvas do Aedes aegypti

"La mala educacion" não é só título de filme do Almodóvar

No fim de semana passado estive em alguns bairros acompanhando a campanha Guerra contra a Dengue.
Algumas coisas me chamaram muito a atenção.
Agentes de saúde e os estudantes da Academia de Polícia foram expulsos de uma obra em construção no bairro Agenor de Carvalho. O encarregado da construção foi extremamente grosseiro e colocou banca. Houve intervenção do Ministério Público, que acompanhava o andamento da campanha. O encarregado tentou impedir a nova entrada dos agentes. Disseram a ele que se não colaborasse e deixasse os agentes entrarem, o MP chamaria os policiais militares porque a fiscalização era uma questão de saúde pública. Ele, enfim, abriu e os agentes puderam fazer seu trabalho.
Fiquei pensando em como os agentes de saúde são mal tratados - impedidos pela própria população de fazer seu trabalho de prevenir a dengue, doença que já matou 17 pessoas em Rondônia. Eles são pessoas simples, andam de casa em casa debaixo de sol e ainda são mal tratados. Fiquei muito triste com o que vi. Algumas situações foram muito desagradáveis.
 
Fiscalização na obra

Guaraná Parecis

Há muito tempo não escrevo no blog. Vou tentar ser mais assídua.
Colocando o papo em dia, começo por Guajará-Mirim.
Lá, em frente à Catedral, um pipoqueiro vendia o guaraná Parecis, de fabricação local.
Dooooce como o antigo guaraná Baré, que vinha de Manaus e tinha a mesma garrafa escura, como a de cerveja.
Era muito comum, quando eu era criança, aqui em Porto Velho, a merenda ser pão manual com manteiga e guaraná Baré.