quarta-feira, 1 de julho de 2009

Liberdade e credibilidade

Um amigo me mandou a notícia "Google lança canal no Youtube para ensinar Jornalismo".
A notícia vem logo após o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão de jornalista. O que fico me perguntando é:

1. Por que há tanta gente interessada em fazer jornalismo?
A profissão tem baixa remuneração histórica e patológica.
É um engano achar que jornalista tem liberdade para escrever ou reportar o que quiser. Quem define a linha editorial é sempre o dono do veículo - em geral, políticos.
É também ilusão acreditar que a profissão viva no glamour e que não há rotina. Ao contrário, os perrengues são maiores que os momentos de glórias. E há rotina sim, ou os jornais não teriam horário para chegarem às bancas, nem os telejornais e programas radiofônico teriam hora certa para ir ao ar. Mesmo os webjornais devem ter produção diária, regular.
Se for ver ausência de rotina em relação aos assuntos, coisa que vem da idéia de que sempre se noticia o que é novo, também há uma propensão ao erro porque embora se noticie algo novo, quase sempre há uma história anterior ou uma contextualização a se fazer.

2. Haverá credibilidade nas notícias?
Vejo que o problema não é gerar conteúdo. A grande questão é em que conteúdo confiar. Lembro que quem primeiro noticiou a morte de Michael Jackson foi um blog e a CNN confirmou a informação horas depois. Creio que o pensamento é de que é melhor levar um furo do que perder a confiança dos leitores.

3. A profissão vai acabar?
Acredito que não, mas já está mudando e muita gente tenta explicar como ela será no futuro.

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