terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Marchinha pra seu Gilmar

Pela ordem, seu ministro
Explique essa decisão
Derrubar o meu diploma
É liberdade de expressão?

Estudei por quatro anos
Ralando que nem CDF
Pra ver meu diploma jogado
No lixo pelo STF

O senhor até falou
Explicando a decisão
Que jornalista e cozinheiro
Não dá risco pra nação

Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar

Culinária? Não entendo
Não faço nem ovo frito
Se soubesse, com certeza
Fritaria os do ministro.

Mas agora não tem jeito
Serei cozinheiro autônomo
Mas vou logo lhe dizendo
Seu Gilmar, se eu cozinho eu como

Oh, seu Gilmar, oh seu Gilmar
Você tirou o meu diploma
E eu não sei nem cozinhar

Copiado do blog Tapa de Humor

domingo, 28 de junho de 2009

Criada a Comissão Pró-Conferência de Comunicação de Rondônia

“Democratizar a comunicação significa lutar com alguém que detém algo que está faltando para outros”. Foi esse o espírito que permeou as discussões na Pró-Conferência de Comunicação Rondônia, realizada nesta sexta-feira (26), na Biblioteca Francisco Meireles, em Porto Velho. O evento contou com a participação de movimentos sociais, sindicais, acadêmicos e sociedade civil que discutiram a questão da democratização dos meios de comunicação em Rondônia e no resto do país.
Para o deputado Eduardo Valverde, Rondônia precisa romper a barreira no acesso às comunicações existente. Uma das formas para isso é a convergência tecnológica, que vem somar na luta pela democratização dos meios de comunicação. Conforme Valverde, nesse sentido a conferência alcançou seu objetivo preliminar de apresentar a temática da conferência nacional. Ele ressaltou ainda, a importância dessa conferência para o acesso a comunicação e a democratização da comunicação no Brasil.
O presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraco), José Sóter, disse que o evento foi de grande importância para o amadurecimento do tema no estado. Segundo ele, somente com a mobilização de todas as entidades e da sociedade organizada será possível se opinar qual é a melhor saída para o futuro das comunicações. “A participação nesse primeiro momento fez com que todos saíssem daqui imbuídos da necessidade e da importância de estarem fazendo com que esse debate ganhe os lares e os setores populares, pois esse assunto, não é ingrediente do cardápio diário dos cidadãos”. Como representante do setor de rádio, Sóter disse que é preciso levar aos lugares mais longínquos o acesso à informação, e as rádios comunitárias são veículos eficazes nessa difusão. Ele parabenizou também a iniciativa do deputado Eduardo Valverde (PT/RO), organizador do evento, na elaboração do projeto de Lei nº9612/2007, que estabelece as comunidades indígenas o direito de prestarem o serviço de radiodifusão comunitária. Já para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Rondônia (Sinttel), João Anselmo o estado ainda está muito aquém dos debates de comunicação, mas que com esse primeiro passo dado, o tema tende a ser valorizado e ganhe força dentro de todo os segmentos. O principal ganho, dessa primeira reunião, em sua avaliação é começar a identificar os pontos de tensão que existe entre os veículos na disputa de poder . “A presença dos sindicatos é um ganho importante com a possibilidade de nós discutirmos uma comunicação de massa. Essa é a grande chance de unificarmos as ações nas comunicações. Estamos acordando agora para esse tema”, observou. O representante do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, Professor. Ms. Rodrigo Braz, falou sobre o passo importante que sociedade deu importante em viabilizar e continuar a luta pela democratização da comunicação. Conforme o professor, os empresários de rádios difusão e até mesmo políticos que detém alguns veículos de comunicação já estão se mobilizando no sentido de organizar sua participação e de estabelecerem seus interesses na conferência, por isso, ressaltou ele, é de suma importância que os movimentos sociais, entidades, sindicatos, estudantes, os professores estejam mobilizados para darem sua contribuição e fazer valer os interesses democráticos da sociedade como um todo.Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Rondônia (CUT/RO) Itamar dos Santos, só em se formar o Comitê que dará prosseguimento às discussões nas próximas etapas da conferência já foi uma conquista da sociedade rondoniense. Mas, frisou a necessidade de que mais movimentos se engajem nessa discussão. Para tanto, uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (02.07), no mesmo local. Na ocasião será definido um plano de trabalho, que sensibilize os poderes constituídos a estarem viabilizando a realização da conferência estadual. A Conferência Estadual de Comunicação deverá ser puxada pelo Governo do Estado. Itamar lembrou ainda, que no estado a democratização é muito baixa, pois são algumas famílias e alguns grupos econômicos controlando os principais órgão de comunicação, como mídia impressa, rádio ,TV, e que as rádios comunitárias tem grande dificuldade se estabelecerem, por isso, é importante levar adiante essa luta, que foi iniciada nessa pró-conferência. “ Uma semente muito boa foi plantada hoje, e com certeza vai germinar pois nós vamos conseguir mobilizar a sociedade visando ampliar a democratização, que é um processo a ser construído, e a participação da sociedade é fundamental”, disse.

Da assessoria do deputado Eduardo Valverde

JORNALISMO PARA NÃO JORNALISTAS


Incendiários

Leio no O Observador que um incêndio destruiu 40% do arquivo-geral do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.


Lembro que em dezembro do ano passado um outro incêndio em um prédio público causou alegria para muitos.

MELÔ DO DIPLOMA DE JORNALISTA

Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria era saber Porquê?!?
Tudo que eu queria era saber Porquê?!?

Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria era saber Porquê?!?
Tudo que eu queria era saber Porquê?!?

SLOGAN

Pós fim da obrigatoriedade do diploma, o slogan dos jornalistas é "SOU JORNALISTA, MAS QUEM NÃO É?"

terça-feira, 9 de junho de 2009

Abraji condena atitude da Petrobras de divulgar perguntas de jornalistasantes da publicação da reportagem

A Abraji condena a atitude da Petrobras de divulgar em seu blog “Fatos e Dados” as perguntas que recebe de jornais e repórteres sobre investigações conduzidas, muitas vezes, de maneira reservada.
A Abraji entende que após a publicação da matéria, a Petrobras - assim como qualquer outra empresa, instituição ou pessoa - tem o direito de confrontar suas respostas com o que foi publicado. Mas, ao divulgar os questionamentos e eventuais respostas antes da veiculação da reportagem, a estatal federal prejudica o trabalho jornalístico do profissional que, de boa fé, procura a empresa para checar alguns dados ou ouvir alguma contestação para compor o trabalho de reportagem.
Ao agir dessa forma, a Petrobras inibe os meios de comunicação e os jornalistas que precisam verificar com a empresa informações de eventuais reportagens que serão veiculadas. A estatal deve rever essa prática para preservar um relacionamento profissional com os meios de comunicação e jornalistas, que têm o direito de manter suas apurações emsigilo antes da veiculação do produto final.
http://abraji.org.br/?id=90&id_noticia=912

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Petrobras usa blog para vazar reportagens

Alvo de CPI, estatal divulga e-mails com pedidos de informações parareportagens não concluídas; empresa diz que "não é ilegal"
Estatal criou site na internet para responder textos da imprensa e críticas feitas pela oposição após a criação de comissão no Senado
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Alvo de uma CPI no Congresso, a Petrobras decidiu tornar públicos, em umblog que criou na internet, os e-mails enviados por jornalistas queprocuram a assessoria de comunicação da empresa, no Rio, para obterinformações e esclarecimentos para reportagens que ainda estão emandamento.A empresa colocou o blog no ar no último dia 2, como parte da estratégiada comunicação lançada pela estatal após a abertura da CPI(http://petrobrasfatosedados.wordpress.com).
Na noite de ontem, o objeto de reportagens que a Folha ainda apura - com questões endereçadas à empresa, para que possa oferecer a sua versão dos fatos- foi publicado no blog pela Petrobras. A Folha fez perguntas a respeito da contratação de advogados sem licitação, sobre os custos de um gasoduto no Amazonas e, por último, acerca de gastos com patrocínios de festas no Nordeste.
Questionado pela Folha, o gerente de imprensa da estatal, LúcioPimentel, disse que a Petrobras vai manter a decisão de divulgar e-mails de reportagens ainda em andamento. Disse que se trata de uma "políticade transparência" adotada pela direção da empresa. A atitude da Petrobras motivou os jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo" a indagar se a empresa havia pedido autorização à Folha para divulgar seus e-mails.
A Petrobras respondeu: "Não houve divulgação do e-mail, e sim das perguntas e respostas dadas ao jornal [Folha]. No entendimento da Petrobras não há ilegalidade, pois o conteúdo divulgado é público". Segundo a companhia, a "intenção é tornar públicas as respostas enviadas pela companhia, de forma completa e sem edição dos dados, sobre todos os questionamentos feitos pela imprensa".
Segundo a Petrobras, o blog é gerido por "profissionais da empresa". De acordo com resposta divulgada mais cedo no blog, por conta de reportagem de "O Globo", a Petrobras conta com 1.050 jornalistas contratados, sendo 400 na área da comunicação institucional. A Petrobras também tem usado o blog para comentar e criticar reportagens já publicadas pela imprensa. Dos comentários postados no blog até a noite de ontem, a maioria era de apoio à companhia.
Muitos atacavam veículos de comunicação e jornalistas. Conforme o texto sobre a política de comentários, elesprecisam passar por um moderador da empresa antes de ir ao ar. O advogado José Paulo Cavalcanti Filho, especialista em legislação deimprensa, diz não ver ilegalidade. "É apenas uma deselegância com osjornais. Do ponto de vista da democracia, não é ruim, pois a ideia é quea pergunta vai ao ar, de maneira que qualquer um do povo tomaconhecimento."

Google deve indenizar procurador por vídeo no Youtube

O site de vídeos YouTube é responsável por fiscalizar o conteúdo dos vídeos postados, caso agridam a honra de alguém. O entendimento motivou uma juíza do Rio de Janeiro a mandar a Google Brasil Internet, empresa que representa o site no Brasil, indenizar em R$ 20 mil um procurador da República por danos morais. A sentença foi publicada na quinta-feira (4/6) pelo Tribunal de Justiça do estado. Cabe recurso.
O procurador José Augusto Simões Vagos acionou a empresa por encontrar três vídeos que, segundo ele, feriam sua honra. As gravações mostravam Vagos interrogando um policial, durante apurações ligadas à Operação Planador, da Polícia Federal. As investigações desencadearam outras operações, culminando na chamada Operação Furacão que chegou a atingir desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
No vídeo, havia trechos da conversa do procurador com o interrogado, em que ele afirmava que tudo o que pedia à juíza da 6ª Vara Federal Criminal era deferido. Vagos havia oferecido ao policial benefícios da delação premiada. A declaração do procurador levou os advogados dos acusados na Operação Planador a pedir a anulação das decisões da vara, por vício de origem.
OTribunal Regional Federal da 2ª Região não aceitou o pedido. A defesa dos acusados da Operação Furacão também reascendeu a discussão e os desembargadores voltaram a negar o pedido. De acordo com a sentença, os vídeos foram editados e davam a impressão de que Vagos fraudava as ações judiciais, direcionando os processos.
O prejuízo em sua imagem, segundo o autor da ação, é evidente. O relatório da juíza Márcia SantosCapanemade Souza, da 7ª Vara Cível do Rio, afirma que o procurador “argumentou que tais vídeos colocam sob suspeita a sua conduta moral e ética, impondo sérias conseqüências”. Por isso, pediu que os vídeos fossem retirados do ar e que o site o indenizasse por danos morais.
A Google rebateu dizendo não ser responsável pelos vídeos postados, e que a fiscalização de todo o conteúdo seria impossível, já que milhares de arquivos são publicados a todo momento. O site também alertou que a Constituição proíbe qualquer censura prévia.
A juíza não deu razão a nenhuma das alegações da empresa. Por ter contribuído “para o dano moral sofrido pelo autor, na medida em que permitiu tal divulgação” hospedando o vídeo, a Google ficou obrigada a indenizar o procurador em R$ 20 mil. A juíza afirmou que a empresa tem responsabilidade objetiva sobre o conteúdo publicado, de acordo com o artigo 927, parágrafo único, do Código Civil, já que a atividade que ela desenvolve é de risco. “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”, diz ela.
Para a juíza, o provedor é responsável por“fazer cessar a ofensa, tão-logo seja provocado a tanto”. Sobre o autor do video e sobre quem postou o material no Youtube, ajuiza não se manifesta.
Fonte: Conjur

Diretor ensaboado

Vi há uma semana o programa Rede de Opiniões, apresentando por Alisângela Lima, e assisti a um diretor ensaboado se esquivando de responder a uma pergunta simples: quanto arrecada o Detran?
A Alisângela perguntou pelo menos cinco vezes a mesma coisa e o Juarez Jardim escorregando... Por fim, repetia o mantra "o Detran investe em educação para o trânsito, faz campanhas, faz ....". O Detran faz tanta coisa que ninguém consegue entender porque o trânsito ainda está tão caótico... Aliás, esse era o tema do programa.
Acho impressionante as autoridades falarem que a culpa dos acidentes é do condutor... E as ruas não-sinalizadas? E as lombadas da mesma cor do asfalto? E cadê as ciclovias? E o controle do tráfego? Ah, fala sério!
Parabéns à Alisângela, o programa foi excelente!

Estudo aponta que restauração da BR-319, na Amazônia, não é economicamente viável

Sabrina Craide

Agencia Brasil

O projeto de restauração e pavimentação da BR-319, entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO) não é viável economicamente, e deverá resultar em prejuízos de R$ 316 milhões nos próximos 25 anos, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Conservação Estratégica (CSF Brasil). O estudo sobre os impactos da rodovia, apresentado hoje (8) durante uma audiência pública promovida pelas 4ª e 6ª câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), também aponta que o prejuízo seria de mais de R$ 2 bilhões, se forem levados em conta os custos ambientais da obra. Segundo o analista sênior da entidade, Leonardo Fleck, para que o projeto fosse viável, levando em conta os custos da redução das perdas ambientais, ele teria que gerar benefícios de R$ 780 milhões, o que seria o equivalente a quintuplicar os benefícios estimados para a rodovia. A BR-319 foi construída na década de 1970, durante o governo militar, mas a falta de conservação fez com que a rodovia ficasse intransitável. O licenciamento ambiental para a restauração de um trecho de 400 quilômetros da estrada é motivo de polêmica na sociedade e "até mesmo dentro do governo federal". Enquanto os defensores argumentam que a estrada vai ajudar a escoar a produção da região para o resto do país, ambientalistas temem que a obra aumente o desmatamento na Amazônia e provoque a expulsão de índios, que estão na região. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de R$ 600 milhões até 2010. Para Fleck, os benefícios sociais apresentados pelos defensores da obra, como a facilidade de deslocamento das populações entre as duas capitais, não se justificam, pois há alternativas mais baratas do que a restauração da rodovia. ?Se há tanta necessidade de facilitar o transporte das famílias entre Porto Velho e Manaus, por que não se discute um transporte aéreo para a população de baixa renda? É muito mais barato do que construir essa estrada?, comparou o dirigente da ONG. Já o diretor de Planejamento e Pesquisa do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Miguel de Souza, ressaltou que a recuperação da BR-319 é uma decisão de governo e tem recursos garantidos no PAC. Segundo ele, a estrada tem um foco de integração nacional e regional, e o governo tomará todas as medidas para minimizar os impactos ambientais na região. ?A população tem todo interesse que estrada seja construída e o DNIT tem trabalhado e se preocupado com a questão ambiental e com a sustentabilidade da rodovia?, afirmou. Souza lembrou que a obra é diferente das realizadas na Amazônia na década de 1980, e terá outros parâmetros de construção, como a implementação dos programas sócio-ambientais, que serão permanentes. ?Pela primeira vez na história vamos construir ima grande estrada na Amazônia com todos os cuidados ambientais?, disse. O professor da Universidade Federal do Amazonas e coordenador do Estudo de Impacto Ambiental da BR-319, Alexandre Rivas, disse que a recuperação da rodovia poderá trazer impactos positivos, como o aumento da presença do estado na Amazônia, o maior acesso a serviços públicos por parte das populações locais e uma maior possibilidade de geração de renda com atividades sustentáveis. ?A existência de estradas não está necessariamente ligada ao desmatamento?, argumentou. O biólogo Phillip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), disse que a estrada terá enormes impactos ambientais, tanto por ligar a Amazônia central ao arco do desmatamento, como pela abertura de estradas laterais, que vão agravar o desmatamento da região. Ele defendeu que existem outras saídas para transportar a carga do Norte do país, como por meio de navios. ?Se houvesse mais investimentos em portos, a tarifa poderia cair pela metade para o transporte de cabotagem no país?, avaliou. Segundo ele, a decisão de reconstruir a rodovia vai abrir uma enorme área de desmatamento na região ?Não existe pressão econômica para ter rodovia logo, temos muito tempo para fazer estudos melhores antes de abrir essa estrada?. Para o representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Gabriel Pedrazzani, os principais impactos da obra na população indígena da região seriam, além dos desmatamentos e queimadas, o aumento da presença de madeireiros na região, o que poderia trazer doenças aos índios, a promoção do êxodo indígena para as proximidades da estrada, além da possibilidade de acidentes na estrada e a proliferação do alcoolismo e prostituição entre os indígenas.

Reforma de rodovia no AM ameaça nova espécie de gralha, alerta cientista

Li essa notícia e fiquei pensando que vão usar o mesmo argumento que usaram na época das hidrelétricas. Na época diziam que o que empacava das hidrelétricas era o bagre (o dourado que ficaria impedido de subir as represas para procriar). Agora vão dizer que a rodovia não sai por causa da gralha.... Nada pode impedir o 'progresso'.


BR-319 cruza campos onde vive ave ainda desconhecida. Queimadas e desmatamento podem destruir esses ambientes.

Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em São Paulo

Uma gralha recém-descoberta no estado do Amazonas ainda nem foi batizada pelos cientistas, mas já está ameaçada. Ela só vive em um ambiente peculiar que margeia a rodovia BR-319, que liga Porto Velho, em Rondônia, a Manaus, no Amazonas.

Veja álbum de fotos dos animais dos campos amazônicos .Atualmente, a estrada está abandonada e intransitável, mas sua reforma está dentro do cronograma do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Com a rodovia voltando a funcionar, a ave tende a desaparecer, pois pode não resistir às queimadas e desmatamentos que começarão a ocorrer na região.


Nova espécie vive nas bordas dos campos naturais amazônicos que margeiam a rodovia Manaus-Porto Velho. (Foto: Mario Cohn-Haft/Arquivo Pessoal)
Quem faz o alerta é o ornitólogo – especialista em aves – que descobriu a nova espécie, Mario Cohn-Haft. “Levando em consideração os precedentes que temos na Amazônia, a ameaça é enorme”, afirma o pesquisador, que trabalha no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
“Todos os exemplos que temos de asfaltamento de estradas na Amazônia levaram a muita degradação ambiental. Não temos porque acreditar que neste caso será diferente. Só que ao longo da BR-319 perderemos animais e plantas que não ocorrem em nenhum outro lugar do planeta”, alerta.
Entre a floresta e o cerrado
A nova gralha descoberta vive entre os rios Madeira e Purus, justamente no traçado da BR-319. Como outras gralhas, é grande em relação a outros pássaros, colorida, barulhenta e anda em bandos. Ela habita as bordas dos grandes campos naturais que ocorrem na região, em uma faixa estreita de vegetação que é uma mistura entre cerrado e floresta. Segundo Cohn-Haft, são justamente essas matas ralas beirando o campo que tendem a desaparecer se começarem a ocorrer queimadas na região. “A ave depende totalmente dessa vegetação única. Quando se queima o campo, é eliminada a transição e é acentuada a diferença entre campo e mata”, explica. Os hábitos da gralha foram estudados a fundo pelo pesquisador Marcelo Augusto Santos Jr, orientado por Cohn-Haft. Ele descobriu que a ave coloca seu ninho sempre próximo à margem dos campos, em capões de mata. Somando toda a área que pode ser ocupada pela espécie, concluiu-se que esse espaço é tão pequeno que a ave já pode ser considerada vulnerável à extinção. Com a ocupação da estrada, essa ameaça torna-se real. “Só se precisa permitir que gente chegue perto para destruir o ambiente dela. O ser humano parece não saber conviver com campos naturais sem queimá-los. Os campos próximos à cidade de Humaitá, por exemplo, não hospedam a gralha porque queimam todo ano”, diz Cohn-Haft.


Parte dos campos amazônicos já está sendo destruída. (Foto: Mario Cohn-Haft)
Aventura amazônica
A descoberta da nova ave fez parte de uma via-crúcis que o cientista fez pelo Amazonas em busca dos campos da região. Desde a década de 1990, ele olhava os mapas e desconfiava de que espécies novas poderiam ocorrer nos campos entre os rios Madeira e Purus, mas o acesso ao local era inviável. Não havia estradas nem rios que ajudassem a chegar lá. “Em 1997, convenci alguns amigos a rachar umas horas de vôo, para ver de perto. Acho que fomos os primeiros cientistas a ver aqueles campos. Não havia nenhum sinal de gente, estava muito longe de tudo. Ainda hoje, essas campinas são muito pouco estudadas”, relata. Depois, disso, o pesquisador tentou chegar a esses campos por terra. Foram três tentativas frustradas. “Sempre alguma coisa dava errado. O carro quebrou, caiu o hélice da canoa, e na terceira tentativa, tivemos que dormir no chão do mato antes de finalmente chegar, no dia seguinte.” O perrengue, contudo, valeu a pena. Em 2003, o ornitólogo viu pela primeira vez a gralha desconhecida, mas não conseguiu chegar perto dela. Foi apenas em 2005, depois de caminhar mais de 18 quilômetros em uma estrada de terra em que o carro não conseguiu entrar, que Cohn-Haft pôde capturar a ave e compará-la com as espécies já estudadas. Foi só então que ele conseguiu comprovar tratar-se de um animal jamais visto.
Espécies inéditas
A região cortada pela BR-319 é uma das mais preservadas da Amazônia, mas também uma das menos estudadas pelos cientistas. Segundo o especialista do Inpa, há várias outras espécies de plantas e animais que já foram descobertos na região, mas ainda nem foram nomeados. “Se nos poucos trabalhos que desenvolvemos na região já encontramos três aves, um macaco e uma palmeira, todos novos para a ciência, é muito natural supor que ainda tem muita coisa a ser descoberta nesse lugar”, prevê.

sábado, 6 de junho de 2009

Fim da História

Um autor que não me recordo o nome escreveu que na sociedade midiática, só existe o que é midiatizado. Assim, o que está fora da mídia, não existe. Sobre este aspecto, penso que talvez haja um exagero, mas fico temerosa com algumas características dessa vida midiatizada.
Na aula do professor Marco Bonito, da pós em Planejamento Estratégico em Comunicação, lemos um texto do Pierre Levy, chamado "O fim da História?", do livro As tecnologias da Inteligência. No texto, o autor fala que diferentemente de outros tempos, na contemporaneidade os bancos de dados não são mais volumes estáticos que servem como consulta a quem deseja saber algo. (Pensei no tempo da velha consulta às enciclopédias... Ainda existe uma Barsa na estande da casa da minha mãe, que usava nos tempos de escola.) Neste mundo de 'tempo real', o que vai existir é sempre a última versão. Um exemplo disto, parece-me, é a Wikipédia. Uma biblioteca em que vários internautas colaboram escrevendo e definindo palavras, lugares, pessoas etc.
Até aí, tudo bem, mas como isto muda o jornalismo? E se esta atualização constante fosse aplicada aos fatos que acontecem hoje e que serão história amanhã? Lembrei do livro 1984 em que todos os dias se reescreve a história, o conteúdo é facilmente modificado e o que ontem era verdade, hoje já mudou e não há resquício do que existia.
De certa forma, isto também acontece atualmente - conteúdos jornalísticos online podem ser apagados ou modificados com facilidade. Assim, o que antes existia, some ou transforma-se em algo diferente.
Se as coisas forem realmente assim, é realmente o fim da História.

Quem tem tanto tempo???

Twitter, Orkut, Blog, Facebook e tantas outras coisas para atualizar... Quem tem tanta informação e tanto tempo para fazer essas postagens???